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5 dicas para ESCREVER uma história de ROMANCE

Neste post vamos falar sobre 5 dicas para ESCREVER uma história de ROMANCE e descubra o que não pode faltar em sua história de romance.

Romance

É um gênero muito popular e é o mais vendido atualmente, acho difícil isso mudar. Romances atraem o leitor, geram identificação. E a maioria das pessoas gostam de um bom romance, mesmo que não seja uma história focada em um casal.

Existem várias formas de abordar. E como sempre digo, não há regras. Faça sempre da forma que se sentir mais confortável e for mais agradável para você. O primeiro a se identificar com a obra precisa ser o autor.

Neste post vou dar algumas dicas que considero úteis, principalmente para quem está começando ou até mesmo para quem não está acostumado com o gênero.

E é importante deixar claro que vou falar sobre o romance romântico. Casais, amor, essas coisas.

Porque às vezes fica confuso já que romance também é um gênero literário, como conto, crônica e etc. Nesse caso o romance seria o tipo de estrutura de livro, uma narrativa mais longa em prosa e, não é sobre isso que vamos abordar.

Vamos então para as 5 dicas para ESCREVER uma história de ROMANCE?

Dica 1

É a mais óbvia e fundamental de qualquer bom romance: bons casais.

Casais que combinam, chamam de química.

O casal precisa ser interessante com personalidades também interessantes. Ninguém aguenta um romance com um casal meio chato, “paradões”.

E lembrando que pode estar em alta personagens com personalidades mais caóticas. Os bonzinhos estão fora de moda faz um tempo, mas não significa que seu romance para ser bom precisa ter personagens desajustados, rebeldes, caóticos.

É perfeitamente possível criar personagens bons e interessantes

É só ir colocando falhas e defeitos neles que já irá acrescentar camadas.

A personalidade do casal precisa combinar. Se forem muito parecidos pode ficar sem contraste. Eles precisam ser diferentes, mas de uma forma que se encaixe. Um irá completar a personalidade do outro.

Um exemplo simples:

Um agitado, falante, mais imprudente, já o outro mais centrado, mais prudente e pensa antes de falar.

Só um exemplo.

Portanto, isso irá ajudá-lo a fazer diálogos melhores. Irá marcar melhor as falas. O diálogo acaba fluindo melhor.

E também essas diferenças vão causar pequenos conflitos, motivo de admiração um no outro ou até mesmo incômodo, dependendo da situação.

Com isso, deixará a convivência mais realista e divertida.

Bons casais precisam ter personalidades e características interessantes individualmente e juntos precisam gerar conexões.

Portanto, eles precisam ter motivos para estarem juntos, uma admiração, algo que realmente atraia. E não precisa ser a aparência. Um olhar, um jeito de falar, de se comportar, um gesto de carinho. Precisam viver momentos juntos, precisam enfrentar situações para criar laços mais profundos de intimidade.

E isso precisa fazer parte do desenvolvimento da história.

São essas conexões que irão deixar o casal com química.

Mesmo que briguem, eles precisam ter momentos felizes juntos.

Dica 2

Barreiras para o amor acontecer ou para o casal ficar junto. Há necessidade dos conflitos entre o casal ou algo externo, pois os conflitos movem a história.

Casais que não precisam passar por dificuldade nenhuma não é exatamente uma história de romance.

Independente se o casal terá dificuldade para ficar junto ou se precisarão enfrentar dificuldades juntos.

Porque nem todo romance precisa ser sobre um casal que se ama, mas algo que os impede de se relacionarem.

Também pode existir romance aonde o casal já está em um relacionamento ou já até são casados, com filhos e por aí vai e, enfrentam dificuldades relacionada a convivência, às vezes é um desgaste na relação ou algo externo, que geram problemas dentro do relacionamento.

São dois exemplos apenas.

Podem existir muitos outros tipos de romance. Só estou comentando para não ficar preso apenas aos casais tipo novela que tem um vilão, que impede o casal jovem de ficar junto, inventando mentiras. Mas não há nada errado nesse tipo de história, porém é um clichê. No entanto, clichês bem feitos funcionam.

Mas independentemente do tipo de romance precisa ter conflitos para dificultar o objetivo dos protagonistas.

Dica 3

A história não precisa ser focada 100% em um casal.

Portanto, acrescente outros elementos à história para gerar mais conflitos, interações com outros personagens, criar situações inusitadas ou inesperadas.

Existem exceções, mas geralmente é mais fácil fazer um romance interessante que incluia outros personagens para ajudar ou atrapalhar.

Ou seja, personagens que realmente fazem a diferença na história.

Geralmente sempre tem um amigo ou amiga do protagonista. Muitas vezes é usado como alívio cômico e não acrescenta tanto a trama assim. Mas se esse amigo também tiver seus conflitos, seus objetivos, irá agregar mais a história e deixará tudo mais interessante.

No entanto, esses conflitos secundários não devem ofuscar os protagonistas. A trama central precisa ser sempre a mais forte, mais dramática.

Bons personagens secundários sempre vão agregar

Seja um bom antagonista ou um amigo, ou alguém da família, ou qualquer outra figura dentro da trama.

Mas existe a possibilidade de ser uma história com apenas dois personagens, apenas o casal. É um tipo de história mais difícil de ser feita, porém pode ficar interessante. Essa exceção é válida, mas não aconselho para quem está começando.

No geral, ter mais personagens facilita o desenrolar da trama, mas também não precisa ser muitos. Só os que realmente são necessários mesmo.

Dica 4

Personagens mudam, mas por um grande motivo.

Um personagem pode começar a história sem querer se envolver com ninguém, pois não quer se prender, talvez por ter um trauma com os relacionamentos anteriores ou simplesmente porque gosta de uma vida mais solta mesmo.

Mas esse personagem pode mudar, ele pode querer casar e construir uma família grande. Pode acontecer, mas não será uma mudança rápida e sem um grande motivo.

Um motivo precisa ser equivalente ao quanto ele gostava do estilo de vida antigo

Ele precisa passar por conflitos que forjem essa mudança, desenvolva-o.

Talvez não basta ele conhecer uma pessoa que trocou olhares e simplesmente mudou seu estilo de vida, porque aí ficaria um pouco incoerente.

De repente, ele pode ter essa paixão inicial e uma aproximação e, a pessoa que ele está apaixonado quer uma vida mais tranquila, ter um relacionamento estável, quer casar, ter filhos. E para o casal ficar junto algo precisa mudar, alguém precisará abrir mão de algo. Esse já é um conflito.

No entanto, isso pode gerar uma série de problemas para o casal ficar junto e nos erros e acertos o personagem que queria uma vida mais solta, começa a mudar de opinião sobre ter um relacionamento e de repente, começa a entender que com a pessoa certa pode valer a pena e isso começa a gerar conflitos dentro dele.

Todavia, os hábitos não mudam tão rápido. É preciso toda uma construção, uma jornada de conflitos e muito desenvolvimento para chegar na mudança.

E isso vale para qualquer tipo de mudança. Ninguém muda da noite para o dia e, não é exatamente uma outra pessoa que fará essa mudança, pois ela precisa nascer primeiro internamente.

A exceção nesse caso são as mudanças provocadas por traumas, experiências traumáticas de um modo geral. Isso sim pode gerar mudanças rápidas e negativas. Nesse caso é outro tipo de jornada para superar o trauma.

Dica 5

O final precisa ser coerente com a história.

Uma história mais positiva, é comum e até bom terminar com o casal junto.

Já uma história mais dramática pode combinar com um final trágico ou sem o casal terminar junto.

Você precisa preparar o leitor, dar pequenas dicas, para não correr o risco de gerar uma insatisfação ou frustração no leitor.

Claro que surpreender é sempre bom, mas talvez não seja muito recomendado exagerar no drama.

Deixar aquele gosto amargo na boca do leitor, sabe.

Sei que é muito subjetivo, pode variar muito dependendo de como a história é desenvolvida, de como será abordado o romance e de como será a interação com outros personagens. Se será um triângulo amoroso e, nesse caso não muda muita coisa se forem duas opções aceitáveis.

Portanto, recomendo a leitura do post que abordo mais sobre como definir o final da sua história. E ele vale para todos os tipos e gêneros.

O final precisa coroar a trama

Ele precisa passar pelo clímax, que é o ponto mais alto de tensão. E fechar, se possível, sem pontas muito soltas. Não precisa responder tudo e nem deixar tudo muito claro. Mas precisa ter respostas ou as pistas necessárias para chegar no entendimento.

Finais confusos podem ser problemáticos. Porque é diferente um final complexo de um final confuso. Ser difícil de entender porque a história é profunda é uma coisa, mas ser confuso por falta de informações é outra. E isso é bom ser evitado.

Quer deixar um final com mistério do que aconteceu com o casal? Ótimo! Mas deixe pista da conclusão. O leitor precisa ter o mínimo de informação para fazer as conexões necessárias para entender.

E finais com um dos personagens principais morrendo pode ser muito clichê, mas se fizer de um jeito criativo pode ficar bom.

Já existem muitas histórias que algum personagem tem alguma doença em estado grave e fica a história toda nessa espera se irá morrer mesmo. E algumas delas fizeram muito sucesso. Isso indica que o público gosta. Mas é algo que pode ser previsível, então, caso siga nessa linha, seja criativo.

E assim finalizamos nossas 5 dicas para ESCREVER uma história de ROMANCE. Espero que tenha gostado. Comente o que achou do post para trocarmos experiências e conte sobre como gosta de criar seus romances. Vou gostar de saber.

Então, até a próxima!

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Guilherme Orbe

Desenhista, escritor e sonhador. Comecei a criar histórias na infância e nunca mais parei. No começo me dediquei as histórias em quadrinhos, onde desenvolvi minhas habilidades de desenho. Hoje me dedico a literatura, e transformo minhas histórias em livros. Criar histórias é meu passatempo favorito.

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