Como CRIAR bons PERSONAGENS | 7 Dicas Incríveis
Como criar bons personagens? É uma tarefa que exige atenção, mas que faz toda a diferença em uma história.
Eu sou Guilherme Orbe e neste artigo vamos falar sobre 7 dicas para criar bons personagens.
Então vamos às dicas!
1. Conheça seu personagem
É um ponto muito importante, e pouco falado.
Mas conhecendo seu personagem você vai conseguir escrever melhor seus diálogos. Descrever suas ações com mais clareza, não vai ter incoerências em suas atitudes.
Se ele pensa de uma forma específica, ou já tem uma opinião formada sobre algo, se no capítulo seguinte ele fala alguma coisa contrária aquilo, dessa forma vai ficar estranho.
Conhecendo seus personagens vai ajudar a manter o padrão na construção dele na trama.
E é muito importante, porque faz ele mais coerente. Precisa ter uma história, vir de algum lugar, ter opiniões sobre determinados assuntos. Ele precisa ser uma pessoa.
Precisa parecer uma pessoa real. Precisa ter qualidades e defeitos, motivações, conquistas, fracassos. Ter uma história, uma origem, uma família.
É fácil criar personagens órfãos, que simplesmente não conhece os pais. Facilita não ter que pensar na construção dos pais, irmãos, mas é mais difícil criar uma identificação no leitor que tem uma família, que são a maioria das pessoas.
Seu personagem precisa ser palpável, ou pelo menos parecer.
O que ele ou ela faz quando está sozinho? quando está acompanhado de seus amigos? tem amigos? Estuda? Trabalha? Onde? De onde ele vem? Quais as características marcadas por sua história de vida? Tem traumas? Recebeu amor dos pais?
Quem é seu personagem?
2. Sua função na história
Qual a função dele na história?
Personagens que estão sobrando na trama, dificilmente vão ser interessantes. Pode gerar uma barriga no texto e que vai ser difícil de resolver.
Personagens sem função na história que aparecem pouco pode passar despercebido, mas se aparecer muito vai ficar aquela sensação de estar sobrando na conversa.
Afinal todos os personagens em uma história precisa ter uma função. O protagonista, o alívio cômico, a pessoa que vai passar as informações, vai deixar um mistério no ar, que vai ajudar ou atrapalhar de alguma forma. Ele precisa fazer algo que só ele pode fazer. Caso possa substituir por outro que tenha mais participação na trama, ele não precisa existir.
Caso tenha criado um personagem que achou muito interessante, mas não sabe como encaixar na história, eu aconselharia a guardar ele para outra história. Anota as características, e deixe guardado. Ou modifique para encaixar, ou até mesmo pegue algumas das características desse personagem que achou legal e acrescente a outro já dentro da história. Vê o que vai ficar melhor.
Eu já cometi esse erro em um dos meus livros. Um personagem que eu gostava, mas não se encaixava na história. E ele acabou criando toda uma barriga na trama principal. As motivações dele não encaixava na trama central. Precisei dar uma volta para dar uma utilidade a ele no final.
E por ser um livro que escrevia e publicava no wattpad (já faz alguns anos), não poderia refazer tudo. Eu simplesmente continuei.
Mas hoje, bem mais experiente, não faria isso. Encaixaria ele melhor na trama central, ou reduziria a participação dele. Ou até mesmo faria ele desaparecer do livro, ou até mesmo morrer.
3. Humanize seu personagem
Torne seu personagem mais próximo de uma pessoa de verdade, que pode ser encontrada no nosso círculo social.
Mesmo que seja um alienígena, um animal, dê a ele sentimentos, um passado, um objetivo de vida.
Pessoas se identificam com pessoas. E quanto mais parecidas com elas, maior vai ser a identificação.
Por isso é muito importante um escritor ser um bom observador. Perceba o que está a sua volta. Como as pessoas agem nos detalhes. Seus trejeitos, manias, comportamentos familiares, como elas falam, e sobre o que gostam de falar. Um bom escritor entende as pessoas e reproduzem isso em suas histórias.
Dessa forma por mais extraordinários que sejam os dons de seus personagens, eles precisam possuir características humanas para gerar a proximidade com o leitor.
Coloque fragmentos do cotidiano em suas histórias, e misturado com coisas que realmente importam e fazem a história avançar.
Por exemplo um diálogo em uma pizzaria, no ônibus, e assim vai.
4. Qualidades e defeitos
Seguindo a linha da dica anterior. Todo mundo tem qualidades e defeitos.
Assim mesmo o pior vilão tem alguma qualidade, nem que seja uma mente muito inteligente, ou lealdade a seus subordinados.
Um herói também precisa ter defeitos, precisa ter dificuldades internas a serem superadas. Um herói perfeito pode ficar chato. Existem exceções, personagens puramente bons ou puramente maus, como anjos e demônios. Mas esses não são aconselháveis serem os personagens principais da história. Como coadjuvantes pode ficar até interessante.
Mesmo um herói, guardião da justiça e da paz precisa ter seus conflitos, e é interessante quando esses conflitos são citados em algum momento. E é ainda melhor quando esse conflito faz parte da trama.
5. Características únicas
Bem como Falei agora a pouco para criar personagens mais próximos de uma pessoas reais. Com atitudes comuns de pessoas que conhece.
Mas um bom personagem é único. Tem características que os destacam de todos os outros. Dessa forma Pode ser uma forma peculiar de se vestir, de falar, uma mania, uma voz marcante, uma personalidade diferente do comum. Algo de diferente ele precisa ter.
Bons personagens nunca são genéricos. Sempre são únicos.
6. Conflito
Afinal uma pessoa se forma na medida que supera seus desafios. Um bom personagem precisa ter seus próprios conflitos. Conflitos internos e externos. Ele precisa superá-los para conquistar seus objetivos. E essa caminhada que vai fazer ele crescer, mostrar quem realmente ele é. E vai fazer a história caminhar.
Nos momentos mais difíceis que sua personalidade vai sobressair.
Mas esses conflitos são um pouco diferentes dos que citei na dica número 4. Antes eu me referia a questões internas, pessoais. Conflitos menores como perdoar alguém que o ofendeu no trabalho, devolver um troco errado. Questões mais do cotidiano que me referi.
Bem como esse conflito que me refiro agora são mais amplos, que fazem a história andar. Algo que pode parecer além das capacidades dele de resolver, um problema familiar, financeiro, uma doença, etc. Algo que dê dificuldade para a vida do personagem.
Assim, na tentativa de superar ou pelo menos conviver com esses conflitos é que vai fazer a história andar para frente.
7. Personalidade
Comentei algumas vezes sobre personalidade, sobre ser único, e ao mesmo tempo ser realista.
Uma forma de conseguir características padrões de pessoas reais é usar uma ferramenta que acho bem interessante. Já ouviu falar dos quatro temperamentos?
Colérico, fleumático, sanguíneo e melancólico.
Basicamente são traços de nossa personalidade. Cada um desses quatro temperamentos possuem características próprias, que podem se misturar. Claro que não é apenas isso que define a personalidade de alguém. Mas isso pode ajudar a você a gerar uma identificação e uma direção para criar a personalidade do seu personagem.
Tem sites que listam vários tipos de personalidades, mas prefiro seguir a linha dos 4 temperamentos, porque conheço melhor. Mas uso a ferramenta que preferir e que te ajudar mais.
Por isso, personalidades marcantes podem dar um charme ao personagem. Só tome cuidado para não exagerar e virar algo muito caricato, a não ser que seja a intenção.
Leia da melhor forma: KINDLE
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Método Fanart 3.0
Aprenda com um método passo a passo completo.
Aplicando o método fanart você será capaz de:
- Pegar uma folha, um lápis e desenhar qualquer personagem de anime em poucos minutos.
- Entender a estrutura usada pelos criadores dos personagens para desenhar de forma perfeita.
- Ter a habilidade de desenhar em poucas semanas, diferentes de escolas tradicionais que demoram anos.
Talvez pense que aprender a desenhar seja algo muito difícil,
Mas é perfeitamente possível alcançar um nível profissional e fazer desenhos incríveis seguindo um método eficiente.
Guilherme Orbe
Desenhista, escritor e sonhador. Comecei a criar histórias na infância e nunca mais parei. No começo me dediquei as histórias em quadrinhos, onde desenvolvi minhas habilidades de desenho. Hoje me dedico a literatura, e transformo minhas histórias em livros. Criar histórias é meu passatempo favorito.
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