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6 DICAS para ESCREVER uma História de AÇÃO

O que não pode faltar em uma história de ação?

Este artigo tem como foco as histórias e cenas de ação em livros. Mas no início vou abordar assuntos mais gerais. Que podem ser aplicadas em qualquer mídia. Filmes, animação, quadrinhos e qualquer outra coisa.

Dica 1

Toda cena de ação precisa ter uma motivação para acontecer

Em filmes, ou em quadrinhos, tem o recurso visual, e às vezes uma cena de ação só para impressionar visualmente, pode ficar interessante. Com aquele show de luzes, efeitos bem feitos e caros. Pode ficar bom se for só pelo show, mas o ideal é que tenha uma motivação mais profunda para acontecer.

E quando digo motivação, pode ser das mais diretas como, por exemplo, um pai de família precisa fugir com sua filha de carro e uma perseguição insana acontece. Um motorista profissional, ex piloto de fuga do crime organizado que se aposentou.

Colocando essa cena no início de uma história você apresenta o personagem e toda a sua perícia como motorista e sua natureza super protetora.

Então a motivação para a cena acontecer é a apresentação do personagem. Ela precisa acontecer para o leitor entender quem é o personagem.

Poderia ser uma motivação aleatória que também apresentaria a perícia do personagem, mas com um peso dramático dá muito mais valor a cena.

E isso analisando uma cena. Imagina uma história cheias de cenas de ação vazias apenas por efeito?

É o que disse antes, com um bom recurso visual pode até ficar legal, mas uma cena de ação sem uma boa motivação pode ficar meio maçante.

Dica 2

Precisa ter um risco real

Só tem um peso dramático se realmente tiver a chance de dar errado.

O leitor precisa sentir que tudo vai dar errado, mesmo que saiba que vai terminar bem. Assim a gente mexe com o fôlego dele. O personagem que ele gosta, que ele aprendeu a se importar com ele está correndo um risco de vida, ou correndo o risco de falhar em alguma ação.

E para isso é fundamental criar bons personagens.

No exemplo da perseguição, é evidente se o pai for pego, não apenas ele, mas principalmente sua filha estará em perigo. Ele precisa dar um jeito de fugir de alguma forma.

E como esse exemplo se passa no início da história, é uma boa hora de dar errado. Ele bater com o carro por estar fora de forma e acabarem raptando sua filha, ou algo do tipo, até algo mais dramático como ser o responsável por sua filha ficar seriamente ferida.

Se for uma luta, o protagonista pode ter muita dificuldade para vencer. E quanto melhor for o desenvolvimento do antagonista, melhores são as chances da derrota acontecer, mesmo sendo no final.

E assim vamos para a próxima dica.

Dica 3

Desenvolva bem o antagonista da cena

Um bom antagonista vai deixar tudo mais interessante. Ele não precisa ser mal, só precisa ser um bom desafio.

Em Rocky I e II temos a figura do Apolo Creed. Ele é um ótimo antagonista, tanto que no final não importa muito se o Rocky venceu ou perdeu. Você aceita que qualquer um dos dois pode ganhar. E essa sensação de não conseguir prever o final é muito boa.

A surpresa vinda de um antagonista bem desenvolvido vai agregar a história, mas com um antagonista mal desenvolvido pode soar meio esquisito. Pode dar a impressão que o protagonista perdeu só porque o autor quis.

O inverso também pode ficar ruim.

O protagonista venceu só porque é o protagonista. O resultado, ou consequência da cena de ação precisa ser convincente.

E a melhor forma de fazer isso é desenvolvendo bem o desafio que tem a função de antagonismo na história.

Dar um motivo para o antagonista também pode ajudar. Ele precisa vencer a luta para salvar alguém de alguma forma. Ele precisa vencer para provar algo. Não é apenas o protagonista que tem bons motivos para vencer, o outro lado também tem os seus.

E isso em um duelo de vida ou morte pode acertar em cheio o coração do leitor. Basta ter um antagonista bem desenvolvido.

Dica 4:

Faça descrições claras

Não deixe o leitor perdido.

Em uma cena de ação pode acontecer muitas coisas ao mesmo tempo, e se o leitor não entender uma coisa, ele pode ficar perdido em todo o resto.

Tente escrever sem muitas descrições subjetivas. A não ser que queira dar um destaque mais dramático para um golpe, ou acontecimento. Mas uma cena de luta ou guerra com muitas descrições subjetivas, sem uma clareza, pode ficar muito confusa.

Com poucos movimentos ou acontecimentos tudo bem esticar as descrições. Mas no meio da confusão o “Acertou um soco” pode salvar o leitor.

E tente não repetir as palavras. Por exemplo: fulano deu um soco. Ciclano desviou e acertou um soco no rosto de Fulano. Fulano levantou atordoado e recebeu outro soco de ciclano.

Troque por sinônimos. No caso poderia usar gancho, jab, direto, cruzado ou qualquer outro movimento de alguma arte marcial. Pesquise os movimentos mais comuns e simples de entender do que se trata. Tente variar não apenas as palavras, mas também o movimento.

Isso vale para palavras como ataque ou golpe. Use todo o seu repertório de palavras, só não exagere nas palavras pouco conhecidas.

Outro ponto importante é se for um tiroteio, evite usar a expressão “bala”. “A bala acertou o ombro do fulano.” Terrível. Use termos que os policias ou militares usam. Projétil, disparo e etc.

Dica 5:

Cuidado com poderes

O número de livros que tratam de histórias com poderes vem crescendo e eu estou nesse time.

Mas volto a questão da falta de recursos visuais. Uma magia pode ser muito legal em um anime ou filme, mas no livro você precisa contar com a imaginação do leitor. E talvez o leitor não tenha as mesmas referências.

Tenha cuidado ao descrever uma cena de ação com poderes.

Mesmo que seja com super-heróis. Os movimentos precisam ser claros também. A magia tem cor, tem som, um cheiro específico. Produz algum tipo de calor, qual sentimento causa em quem está presenciando.

Pensar nesses detalhes pode ajudar a criar a imagem na imaginação do leitor. Descreva colocando o leitor na cena. Faça ele sentir o impacto de um poder, ou o peso do seu mais de 8.000 de poder.

Livros tendem a exigir um certo realismo, pelo menos atualmente. A física precisa funcionar razoavelmente bem. Uma bola de fogo precisa queimar alguma coisa. Claro que depende das regras que definiu em seu universo.

Cuidado com poderes.

Dica 6:

Cenas de guerra podem ser muito difíceis

Aqui tanto faz se é uma guerra medieval, ou moderna, se está no céu ou no mar. Em uma guerra, muitas coisas acontecem ao mesmo tempo e você precisa decidir o que vai contar.

Mostrar a guerra apenas com um panorama geral pode deixar muito monótono. Então descreva como está a linha de frente. Coloque um personagem importante presenciando tudo bem de perto. Mude de lugar. Mostre uma parte da guerra, depois pode cortar e mostrar o que está acontecendo em outro lugar.

A sensação de perigo precisa estar presente, é uma guerra!

Aqui todas as dicas anteriores são fundamentais. Descrever de forma clara é indispensável. Recomendo que leia livros de ação com um gênero parecido com que pretende escrever. Leia livros clássicos. Recomendo O Hobbit, a guerra no final é muito bem escrita, apesar que o Bilbo fica a maior parte do tempo desacordado e não vê nada.

Mescle termos técnicos com termos mais populares como nomes de tanques, de armas. O importante é o leitor entender o que está acontecendo.

Ter a motivação dos dois lados pode deixar tudo mais interessante. E o risco vai deixar tudo muito melhor.

Tente não prolongar muito para não ficar cansativo ou repetitivo. Tente variar os acontecimentos e crescer em drama.

Só tome cuidado para não colocar muita coisa, porque descrever tudo pode ficar muito cansativo. Tente aproximar. Deixe os personagens dentro da guerra e descreva o que eles estão passando, o que estão fazendo e sentindo.

Mostre o ânimo das tropas. Estão animados, com medo e etc.

Se houver cavalaria no final, faça ela aparecer no momento mais dramático, quando tudo estiver quase perdido.

Essas foram as 6 dicas para uma história de ação. Escreva nos comentários o que achou e se quiser deixe suas dicas para as cenas de ação.

Leia da melhor forma: KINDLE

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Guilherme Orbe

Desenhista, escritor e sonhador. Comecei a criar histórias na infância e nunca mais parei. No começo me dediquei as histórias em quadrinhos, onde desenvolvi minhas habilidades de desenho. Hoje me dedico a literatura, e transformo minhas histórias em livros. Criar histórias é meu passatempo favorito.

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