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Dicas

Qual tipo de NARRADOR escolher para minha HISTÓRIA

Vamos falar sobre os tipos de narradores e algumas dicas sobre como decidir qual seria o melhor para a sua história.

Existem basicamente três tipos de narradores

  • Narrador personagem: que seria o protagonista narrando a história.
  • Narrador testemunha: é um personagem secundário que narra a história. Um exemplo seria nos livros do Sherlock Holmes. É o Watson que narra.
  • Narrador onisciente, ou narrador observador: narrador em terceira pessoa que não faz parte da história.

Então existem duas formas possíveis para esse tipo de narrador. Mas uma forma é ele ter uma voz mais neutro quanto aos acontecimentos, sem emitir opinião ou torcida.

Assim, a segunda é um narrador mais participativo. Que emite opiniões e até mesmo comenta decisões dos personagens. Ou seja, esse é chamado de narrador intruso.

Não acredito que exista o melhor tipo de narrador, sim o que o autor se sente mais confortável para escrever.

Existem tipos de histórias que combinam mais com determinados tipos de narradores.

Uma história com poucos personagens, focada no protagonista encaixa perfeitamente com um narrador personagem. Serve muito bem quando você não precisa de outros pontos de vista, bastam as observações do protagonista para desenrolar a trama.

Uma história em primeira pessoa também pode ser muito boa para suspense, terror, mistérios em geral. O leitor pode descobrir junto com o protagonista, assim a descoberta ganha mais peso e emoção.

Existem outras formas de você utilizar o narrador personagem, como ele contar sua história depois que tudo já aconteceu, ou em tempo real. Depende do tipo de história ou o porquê ele está contando.

Dar um motivo para o narrador relatar pode ser interessante se bem usado, mas não é necessário. Ele está contando e ponto, também funciona perfeitamente.

Um narrador personagem costuma aprofundar nos pensamentos e reflexões do protagonista.

Sem dúvida é uma forma muito boa de colocar reflexões mais profundas e internas do ser humano. Tratar de traumas, doenças, ou qualquer tipo de drama pessoal.

É um mergulho na mente do autor. Naturalmente sairá muito de você na voz do protagonista.

Então uma história que tenha um personagem mais enigmático, pode ficar melhor com um narrador testemunha. Ele vai desvendar esse personagem junto com o leitor. Por exemplo, do Sherlock Holmes.

Não saber o que ele está pensando faz parte do mistério.

Esse tipo de narrador combina bastante quando o protagonista da história é forte, mas precisa de alguém para interagir. Aí que entra o narrador testemunha.

É um observador sem muita participação. Assim ele pode testemunhar situações que não é capaz de resolver.

Pode ser a figura de um guarda de uma prisão, um cuidador de um idoso de muita personalidade.

Esse narrador não é o foco, porque se ele for o centro da história ele vai virar o narrador personagem. A presença dele deve ser ofuscada pelo que ele relata.

A diferença de narrador personagem e narrador testemunha é basicamente a importância do personagem.

Ele não precisa ser totalmente neutro na história. A personalidade dele também pode ser interessante e ter opiniões sobre o que está acontecendo, mas na figura de observador. Com conhecimento parcial. Ou pode usar o recurso que ele descobriu a verdade depois e por isso sabe informações a mais.

Agora vamos falar sobre os narradores oniscientes

Uma história mais densa, cheia de acontecimentos e viradas pode não ser muito bom ter um narrador intruso. Uma trama mais complexa talvez seja mais aconselhável reduzir os ruídos na narrativa.

Dessa forma o narrador neutro descreve de forma mais imparcial. O narrador intruso vai emitir opinião sobre os acontecimentos e pode influenciar o leitor para preferir um lado da história, por exemplo.

Por exemplo, em Game of Thrones a narração é onisciente e neutra. Acontecem muitas tretas políticas e uma das características da história é que existem muitos pontos de vista. Há várias formas de entender o que está acontecendo. Não há uma centralização de personagem.

Um narrador intruso chama mais atenção.

Por exemplo, no livro “A menina que roubava livros”. Quem narra a história é a morte.

Agora não sei se daria para considerar um narrador testemunha nesse caso.

A narração desse livro tem um ponto de vista muito criativo.

Para ser sincero o narrador intruso é como se fosse um personagem que não aparece na história. E precisa ter comentários interessantes e opiniões relevantes. Para não correr o risco de ficar chato.

Uma narração mais ácida, sarcástica ou cômica pode deixar o livro mais interessante.

Mas qual tipos de narrador escolher?

Para decidir qual escolher você precisa refletir de que forma você vai lidar com a história.

Veja o tipo de história que quer contar. Quais os personagens mais relevantes. Porque se apenas um ponto de vista é suficiente para contar não precisa ser um narrador onisciente.

Mas se tem mais de um ponto de vista relevante, uma narração em terceira pessoa pode ajudar a desenvolver a trama.

É importante deixar claro que o narrador onisciente neutro também pode acompanhar mais o protagonista. por exemplo, Harry Potter segue nessa linha. E tem vários outros exemplos.

Assim o narrador pode ter uma presença mais marcante na história, ou ser mais neutro. O neutro é o mais fácil de fazer na minha opinião. O mais participativo você precisa escrever interpretando o que ele pensa. Você de certa forma precisa entrar no personagem. Pode ficar mais divertido de escrever. Mas pode ser um desafio a mais.

Pensar nesses pontos pode te ajudar a decidir.

Só evite misturar os tipos de narradores.

Pode ficar muito confuso.

Acima de tudo tente ser criativo na hora de decidir quem vai narrar sua história. Dê um motivo para ser narrado. Não é nem um pouco obrigatório, mas pode dar uma graça a mais.

Saia do padrão. O narrador neutro funciona muito bem, mas se sua história permite algo mais ousado, pense na possibilidade.

Isto é, faça testes. Escreve uma parte do primeiro capítulo com tipos de narradores diferentes. Veja qual fica melhor. Ou já molde sua história pensando no tipo de narrador. Enfim, experimente, pode ter ótimos resultados.

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Guilherme Orbe

Desenhista, escritor e sonhador. Comecei a criar histórias na infância e nunca mais parei. No começo me dediquei as histórias em quadrinhos, onde desenvolvi minhas habilidades de desenho. Hoje me dedico a literatura, e transformo minhas histórias em livros. Criar histórias é meu passatempo favorito.

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