Dicas

Criando BONS CONFLITOS para sua história

Neste post vamos falar sobre o que move uma história: os conflitos. E é criando BONS CONFLITOS para sua história que irá alcançar destaque.

Conflitos movem a HISTÓRIA

Bons conflitos são sem dúvida o ponto que faz a história caminhar para frente. Até entendemos o “felizes para sempre” como um final clássico. Depois de resolver tudo, terminar os conflitos, o casal ficará junto sem nada impedindo, acabou.

Sem conflitos não temos uma história.

Mas às vezes podemos ver histórias mornas. Com conflitos fracos, com pouca dramaticidade, sem uma sensação de perigo real. É apenas um obstáculo para deixar a jornada do protagonista mais longa. E o ideal é evitar conflitos rasos assim.

Um conflito para ser bom precisa gerar uma urgência ou um perigo real para o protagonista não alcançar seus objetivos.

Pode ser até mesmo a falha do protagonista. E essa falha fará ele percorrer outros caminhos.

Sem essas barreiras a serem superadas tudo ficará mais sem graça.

Mas como podemos criar bons conflitos?

É uma tarefa que exige atenção.

Criando BONS CONFLITOS para sua história

A primeira dica é trabalhar a emoção na história. Tem um post aqui no blog que entro em mais detalhes de como criar emoção na trama.

Mas a estratégia básica que costumo usar para gerar essa emoção é o conceito de emoções contrastantes. É uma quebra no padrão. Se está tudo muito feliz, algo bem ruim acontece.

Esse tipo de conflito está ligado a emoções. Dramas psicológicos, dramas familiares, romance. Um conflito mais interno, mais emocional.

No outro post entro em mais detalhes.

Além disso, outra dica é fazer o conflito ter camadas. Como assim?

Construa camadas

Aparece a primeira dificuldade e quando está perto de superar, acontece algo que deixa tudo mais difícil. E assim vai dificultando até o autor ficar satisfeito.

Por exemplo:

O protagonista precisa reencontrar o pai que desapareceu de forma misteriosa. A princípio o protagonista acha que ele foi comprar cigarro. Mas ele simplesmente abandonou a família. Essa é a primeira camada do conflito. Porém ele irá procurar saber os motivos do pai e quer encontrá-lo para confrontar e entender porque ele abandonou a família. Ele encontra a suposta casa onde o pai estaria morando, entra e descobre que a casa é usada por mafiosos e de alguma forma seu pai está envolvido.

Seria a segunda camada.

Ele apenas abandonou a família ou teve que se afastar? É um conflito externo por envolver a máfia. O protagonista pode morrer se não fugir e há também um conflito interno do protagonista, que quer saber o real motivo do desaparecimento do pai.

E assim podemos criar outras camadas de conflitos dentro desse mesmo assunto. Com isso, se o autor decidir que o pai é perseguido pela máfia a trama vai para uma direção, agora se decidir que ele está envolvido com crimes da máfia e precisa cumprir uma missão a história vai para outra direção. Portanto, isso abre margem para muitos mistérios.

O pai pode ser o chefe da máfia, mas acho que ficaria forçado. Ou ser um peão que descobriu o que não deveria. Enfim.

É um exemplo que criei aqui rapidinho.

Esse conflito é dividido em camadas.

Mas olha como essa técnica pode fazer a trama crescer em dramaticidade. Um conflito vai puxando o outro, sempre dentro do mesmo assunto. Vai aprofundando nos mistérios.

Crie desafios

Uma outra dica é criar desafios.

É muito comum em histórias de ação. O conflito é uma armadilha ou uma charada que precisa resolver para passar. Ou até mesmo uma luta difícil, uma guerra, uma perseguição. Nesse caso são conflitos que geram cenas de ação. O conflito no caso é o motivo da ação. O perigo é falhar e acontecer o pior.

Então o personagem precisa vencer ou vencer, não tem opção. Por mais que o leitor saiba que irá terminar bem, precisa ter dificuldade, precisa parecer que não dará certo.

Nessa estrutura de desafio direto o conflito é mais claro. Ou resolve ou é game over.

E nesses conflitos, principalmente quando está no clímax, é bom deixar acontecer tudo de pior que poderia acontecer. Deixar o vilão conseguir seu objetivo de ficar mais poderoso. Deixar as esperanças no chão e só depois resolver com alguma solução coerente e bem emocionante.

São três formas básicas de gerar conflitos na sua trama.

E você não precisa escolher um dos 3 tipos que comentei aqui.

Ou a história terá conflitos contrastantes ou com camadas ou com desafios.

Não precisa ser assim.

O ideal é misturar esses tipos de conflitos. Usar cada um na melhor hora e isso irá contribuir para sua história ficar mais interessante. O leitor ficará preso nos mistérios querendo descobrir o paradeiro do pai do protagonista ou acelerar o ritmo de leitura para saber como o protagonista irá escapar dos mafiosos ou ficar de boca aberta após descobrir os mistérios que o pai estava guardando e, após se reconciliarem o pai morre de forma trágica por alguém da máfia. Esse final ficou clichê, mas enfim. Acho que deu para entender. É só um exemplo.

Capriche nos conflitos

Esse é o caminho para sua história ficar mais interessante. É o que irá prender o leitor no livro. Não exagere, não force emoção ou algo muito grandioso. Não precisa fazer algo em um nível épico para ficar bom.

Emoções do cotidiano são poderosas porque geram identificação. Quando mais real e palpável é o conflito mais o leitor pode se identificar. Mesmo as histórias mais fantasiosas podem ter conflitos realistas. Conflitos familiares, uma doença, a perda de alguém querido, a dúvida de qual caminho seguir, inseguranças, medos e etc.

Mas lembre-se: história é conflito.

E por este post é isso.

Comente o que achou deste post. Faço o conteúdo com muito carinho para te ajudar da melhor forma.

Então, até a próxima.

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Guilherme Orbe

Desenhista, escritor e sonhador. Comecei a criar histórias na infância e nunca mais parei. No começo me dediquei as histórias em quadrinhos, onde desenvolvi minhas habilidades de desenho. Hoje me dedico a literatura, e transformo minhas histórias em livros. Criar histórias é meu passatempo favorito.

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