A Vingança do Mago #3 – Investigação
A Vingança do Mago

A Vingança do Mago #3 – Investigação

“Família Zalard”

Pensava em como poderia conseguir mais informações. Tudo que sabia é que eram lordes com influência em Neverwinter e que ninguém gostava deles, alguns os temiam. Buscava na biblioteca informações, mas nenhuma era útil o suficiente. Precisava ouvir mais boatos. Todos os dias cumpria com minhas obrigações no abrigo dos órfãos, ajudava as crianças a conseguirem dinheiro, fazendo serviços simples como vender o que plantávamos e fazia pequenos serviços mágicos. Melhorava no ofício de criar pergaminhos mágicos e até ensinava alguns truques mágicos para os órfãos. Senhora Dolores pedia para ensinar apenas os menos perigosos e para ser discreto, tudo que não precisávamos era de atenção indesejada.

Estações passaram e minhas investigações continuavam infrutíferas. Não me permitiam ficar nas tavernas, seria o melhor lugar para conseguir informações. Usava minhas magias de invisibilidade e de disfarce, mas sempre era pego por algum mestre arcano que relaxava no lugar. Sentia que ficava mais forte a cada dia. Com os lucros das vendas dos pergaminhos conseguia comprar livros de magias e também de histórias. As crianças me viam como um irmão mais velho e, eu repetia o hábito dos meus pais comigo de ler histórias antes de dormir. Após dois anos, me sentia em casa.

Minha lista de magias que era capaz de usar aumentava. Buscava uma magia em específico, uma que meu antigo mestre gostava de usar, chamava porta dimensional. Ele dizia que habilidade de tele-transporte sempre poderia ser útil. Uma magia difícil de encontrar em livros antigos de bibliotecas comuns.

— Veio com muitos pergaminhos dessa vez — disse Galdein, o dono da loja de itens mágicos. — dez pergaminhos.

— Preciso de dinheiro — disse com displicência. — E preciso aprender uma magia em específico.

— E qual seria?

— Porta dimensional.

— Hummm, interessante. Tem intenção de fazer coisas erradas com ela?

— Claro que não, só estou cansado de andar — eu ri escondendo minhas intenções.

— Talvez eu consiga resolver o seu problema, mas vai custar caro e tem riscos.

— Qual é o risco?

— Deixa eu ver se está aqui — ele vasculhou uma pilha de pergaminhos por um tempo. — Encontrei! Aqui está. Um pergaminho mágico que contêm a magia que deseja. Você pode aprender decifrando este pergaminho, mas… se tentar decifrar e não conseguir, o pergaminho pode ser destruído no processo. Eu disse que tinha risco.

Pensei por um instante e ele continuou:

— Vai lhe custar apenas 380 peças de ouro.

— 300!

— 360 e nada menos. Mas é uma magia avançada. Você é muito novo, tem certeza que é capaz de usá-la?

— 360… é uma boa quantia de ouro… troco pelos dez pergaminhos que trouxe, mais 50 peças de ouro, essa magia e uma outra do mesmo nível. Pegar ou lagar.

O vendedor riu orgulhoso.

— Gosto de você, garoto. Os dez pergaminhos e mais 100 moedas de ouro e você leva as duas magias, mas não aceito devolução.

— Fechado!

Era todo o dinheiro que economizei por meses. Escolhi muito bem a outra magia, seria útil para meus planos. Precisava decifrá-las ou seria tudo em vão. Voltei para o orfanato e me preparei para começar os estudos. Me certifiquei que ninguém me atrapalharia, precisava dar certo.

Foram horas de estudos até conseguir ter resultados. Por um momento achei que não fosse conseguir, mas tudo começou a fazer sentido e havia decifrado a primeira magia. Respirei exausto de tanto esforço. Copiei para o meu grimório e comecei a praticá-la. Não conseguia conjurá-la mais de uma vez por dia, consumia muito de minhas energias. Alguns dias se passaram e eu finalmente a dominei. Era hora de decifrar a segunda magia.

Ouvi batidas na porta e a Senhora Dolores pedia para entrar.

— Você está bem?

— Sim, muito bem. Obrigado por tudo.

— Por que sinto que estamos próximos de nos despedirmos?

— Eu tenho que fazer…

— Imagino que sim, mas lembre-se que para conseguir justiça você não precisa se tornar um assassino.

Ela se retirou após se despedir, já era a hora de dormir, mas fiquei deitado pensando em como concretizar minha vingança.

Uma lua se passou e eu observava a movimentação da Taverna Servo Azul, onde os nobres frequentavam. Era um lugar com uma faixada imponente, não permitiam a entrada de plebeus comuns. Em minhas investigações descobri que o chefe da família Zalard usava o lugar para fazer suas reuniões com outros nobres. Não conseguiria entrar invisível ou disfarçado. Conjurei a porta dimensional mesmo sem ter certeza do destino, assumi o risco. Meu destino foi certeiro. Estava só em uma sala escura com uma grande mesa ao centro. Não haveria um lugar melhor para reuniões secretas. Me escondi em um armário e esperei, aproveitando para descansar do desgaste provocado pela magia.

Demorou bastante até que os nobres entrassem, notei que estavam em cinco. Rindor Zalard estava entre eles. Era o chefe de sua família. Acompanhados dele estavam homens que nunca havia visto, estavam encapuzados. Mantiveram a sala escura e começaram a tratar de seus negócios. Uma conversa maçante a princípio, mas precisei respirar fundo para não perder o controle quando ouvi o nome de minha família.

— Certifique-se de fazer um serviço melhor do que com os RedFox — disse Zalard e por um momento eu quase perdi o controle. — Contrate alguém mais competente entre os Zhentariam, o último deixou muitas arestas, tive trabalho para consertar todas. Os malditos Valarian precisam ser eliminados o quanto antes. Esses plebeus estão manchando nosso espaço e roubando nossos lucros. Acham que são nobres, mas uma vez plebeu, sempre plebeu. Mas esses malditos não são tão ingênuos quanto os RedFox, por isso preciso de alguém mais competente.

Eles continuaram tratando de outros assuntos, mas eu me concentrava para não manifestar minha ira. Não adiantava apenas matá-lo, não era apenas isso que queria em minha vingança.

Eles terminaram seus assuntos e se retiraram. Quando fiquei sozinho na sala conjurei a porta dimensional e os esperei do lado de fora. Zalard seguiu para sua carruagem luxuosa. Sabia que moravam em um castelo não muito distante da cidade e essa era minha chance de me infiltrar. Fiquei invisível e me segurei na parte de trás da carruagem e deixei que me levassem ao destino. Era a hora de colocar minha vingança em prática.

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Guilherme Orbe

Desenhista, escritor e sonhador. Comecei a criar histórias na infância e nunca mais parei. No começo me dediquei as histórias em quadrinhos, onde desenvolvi minhas habilidades de desenho. Hoje me dedico a literatura, e transformo minhas histórias em livros. Criar histórias é meu passatempo favorito.

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