Ronin Thunder
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Ronin Thunder | Capítulo 12: Confronto

Isaac disparou sua rajada de raio na direção de Cronos, que desviou sem dificuldade.

— Não se engane, você ainda não pode me vencer.

Gaia aproveitou a abertura e prendeu os pés de Isaac. O agente disparou com sua arma, mas o jovem já havia desaparecido com seu teletransporte. Um raio desceu do céu e a forte luz impediu os agentes de enxergarem. Isaac aproveitou para atacar Cronos que desviava dos golpes mesmo de olhos fechados e revidou com um chute no peito de Isaac. Ele rolou no chão com a força do chute e não teve tempo de desviar do ataque de Gaia, que o acertou com um tronco que se movimentava como um chicote. Isaac foi arremessado na parede da ruela e desviou do segundo ataque de Gaia. Disparou um raio na direção da agente, mas ela se protegeu criando galhos para impedir o ataque. Raízes começaram a nascer e os asfalto começou a quebrar, plantas cresceram e polens foram dispersados no ar. Isaac notou que Cronos havia se afastado e ele se teletransportou para o alto do prédio, no topo, foi golpeado por Cronos, que previu onde ele apareceria.

— Muito previsível.

Isaac disparou seus raios no agente, mas ele continuava desviando sem dificuldade. Pensava em como poderia derrotá-lo, sabia que precisaria pensar em muitas jogadas à frente se quisesse vencer. Respirou fundo recuperando o fôlego. A agente Gaia se juntou ao seu superior e os agentes prepararam um ataque em conjunto.

Na rua, Dannie observava a luta e pensava em ajudar Isaac.

— Você está ferida? — perguntou Tom se aproximando de Dannie.

— Estou bem — ela fez uma pausa e continuou. — Que bom que está vivo.

— Dizem que vaso ruim não quebra — ele riu.

— Eu preciso ajudá-lo.

De onde estavam conseguiam ver apenas as luzes amarelas dos raios disparados. Estava intensa a luta e o jovem estava em desvantagem.

— Fique tranquila, esses jovens são muito impacientes.

Hattori se aproximava segurando a bainha de sua espada e olhando para a luta no alto do prédio.

— Quem é você? — Tom quis saber.

— Alguém que ficou velho demais para ser rebelde.

Isaac caiu do prédio e se chocou no chão no meio dos destroços causados pela luta. Ele se levantou e sorriu ao ver o samurai.

— Finalmente você chegou, eu sabia que você viria.

— Ouvi dizer que você está levando uma surra.

— É verdade — Isaac gargalhou e o samurai o acompanhou.

Dannie observava a cena e os dois caminharam juntos em direção aos agentes que haviam descido do prédio para continuar o confronto.

Envolta do samurai um globo translúcido se alastrou criando uma pequena redoma onde ele e Isaac estavam.

— Que sensação estranha — disse Isaac.

— É a minha zona de poder. Minhas habilidades são ampliadas quando a crio e permaneço dentro dela.

— E pelo visto também amplia suas capacidades intelectuais — disse o agente. — Me parece que consegue calcular todas as possibilidades possíveis. Interessante mesmo.

— Uau! Que incrível!

Hattori sorri com a surpresa de Isaac. O samurai ficou em sua postura de ataque segurando o cabo de uma de suas katanas. Sua zona de poder se expandiu e alcançou os agentes. Hattori estava concentrado, olhos fixos em seus adversários. Balbuciava cálculos matemáticos. Seu poder ampliava suas capacidades mentais, dando a ele a habilidade de calcular inúmeras possibilidades, confrontando assim diretamente o poder de Cronos de prever o futuro. Analisava os resultados prevendo os futuros possíveis e já estava preparado para reagir em todas as possibilidades da melhor forma.

Isaac disparou mais uma vez seus raios, Cronos desviou receoso percebendo que seria acertado pela lâmina afiada do samurai. O movimento de Hattori foi rápido demais para permitir qualquer reação, com um salto e um golpe certeiro atingiu o agente, mas o feriu superficialmente, Cronos conseguiu reagir a tempo de evitar um golpe fatal.

Cronos recuou tentando sair da redoma de Hattori e viu sua subordinada ser atingida pelo raio de Isaac, caindo inconsciente no chão. O samurai impedia Cronos de fugir se posicionando na borda da zona do domo. Isaac aproximava do agente para um confronto corpo a corpo, Cronos se defendia do jovem e tentava se desviar dos ataques de Hattori, mas estava em desvantagem e conseguiam o acertar. Sentiu seu corpo pesar, travando seus movimentos. Olhou para trás e viu Dannie alterando a gravidade. Previu que seria atacado, mas não conseguiu desviar a tempo. Uma rajada de raio acertou seu peito o arremessando para longe. Chocou-se na parede de um prédio o quebrando com suas costas. Escondido nos escombros, se arrastou longe da visão de seus adversários e fugiu.

Gaia rastejava para a ruela, estava ferida, usou seu poder para se locomover mais rápido e discretamente. As raízes a conduziram para longe, mas foi percebida por cidadãos sedentos pelo poder de seu fragmento. A perseguiram e se distanciaram em uma luta que podia ser ouvida de longe.

Isaac respirava fundo, estava cansado. Hattori desfez sua zona de poder e se aproximou de Dannie e Tom.

— Obrigada — ela disse. — Mas acho que ainda não acabou.

Dannie apontou para o norte indicando a aproximação de mais três agentes. Lobo junto com seus dois subordinados se aproximava, ele segurava uma espada curta em cada mão, seus agentes, também armados, seguiam seu líder.

— Acho que vou precisar disso…

Isaac abriu um pequeno portal dimensional, suficiente para passar sua mão e retirou seu bastão. Ficou em cima dos escombros da luta anterior, apoiou seu bastão no ombro acompanhando a aproximação do seu novo desafio. Hattori ficou ao seu lado e Dannie se juntou a uma formação improvisada de grupo. Tom se distanciou procurando um lugar para se proteger. Queria ajudar, mas não teria chance em um confronto direto.

— É… hoje o dia vai ser longo — disse Isaac animado.

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Sinopse

Lenna, uma renomada caçadora de titãs, com sua companhia, é enviada para investigar uma cidade em ruínas que dizem ter sido devastada por um ataque de titã. Após uma batalha noturna, sua vida corre perigo e precisa contar com a ajuda de um jovem misterioso para sobreviver.

A Era dos Titãs

Guilherme Orbe

Desenhista, escritor e sonhador. Comecei a criar histórias na infância e nunca mais parei. No começo me dediquei as histórias em quadrinhos, onde desenvolvi minhas habilidades de desenho. Hoje me dedico a literatura, e transformo minhas histórias em livros. Criar histórias é meu passatempo favorito.

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