Histórias
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Memórias de um Soldado #7: O ataque
Eles entraram no alcance de nossas flechas. Corriam em nossa direção em uma disparada rápida. Nossas flechas cruzavam o ar e acertavam os inimigos. Muitos caíram com nosso primeiro ataque. Iori acendeu o óleo e começamos a alvejar o inimigo com flechas incendiárias, torcendo para o fogo se espalhar. O fogo fez os inimigos recuarem por um instante, alguns gritavam da dor provocada pelas queimaduras. Iori era o melhor arqueiro, atirava duas flechas no tempo que eu atirava uma. Ficou na direção do norte, eram mais inimigos e ele atirava flechas sem parar. Eu fiquei responsável por guardar o portão do alto da torre. Eram menos inimigos, mas não estava…
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Memória de um Soldado #6 – Preparação para a batalha
Vi o Capitão subindo as escadas para chegar ao alto da torre. Negou minha ajuda, já estava com uma besta de mão pendurada nos ombros, e se escorava na parede para conseguir andar. Quando viu com seus próprios olhos a situação disse o pior palavrão que conhecia. Esperávamos suas ordens. Ele olhou em volta, estudou a situação. Os inimigos nos cercavam e preparavam uma formação para iniciar a marcha. — Eles não tem bandeira — começou a dizer o Capitão se escorando em uma das colunas do alto da torre. — Pode ser um exército de mercenários. Mas por que Jundorn os contratariam? Eles não teriam forças nem audácia para…
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Memórias de um Soldado #5: O vigia
Era minha vez de ficar de vigia no alto da torre. Os dias se passavam e a minha rotina se mantinha a mesma, fazia meus treinos diários com a espada e com o arco e flecha, e revezava nas vigílias. O vento estava úmido naquele dia, não iria demorar para começar a chover. Eu havia organizado todos os livros da torre, e comecei a ler alguns, nem eram muito bons. E aos poucos começava a ensinar Iori a ler. Na torre apenas eu e o Capitão sabíamos ler, assim, eu acabei ficando como responsável pelo falcão mensageiro. Iori aproveitava meus turnos de vigília para estudar um pouco. Naquela noite ele…
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Memórias de um Soldado #4: Mau presságio
Hoje acordamos com uma visita. Um senhor caçador, Bony é seu nome. Veio nos trazer alguns animais que caçou e remédios. Contaram que ele aparecia as vezes para conversar. Bony era robusto, já bem grisalho, e idoso. Vivia com sua esposa em uma cabana não muito longe da torre. Na sua juventude ele foi um soldado, de alguma forma ele ia visitar a torre para lembrar de sua época. — Senhor Bony! — gritou Lyunis animado. Era a primeira vez que o via de tão bom-humor. — Como estão esses valentes soldados? — Entediados… entediados… — respondeu Iori se aproximando. Arvih estava de vigília e eu me prontifiquei para ajudar…