Como criar ANTAGONISTAS E VILÕES

Antagonistas e vilões são elementos fundamentais para uma boa história e não precisa ser necessariamente uma pessoa. Pode ser um animal, monstro, um desastre natural.

O papel de antagonista fica com a figura que representa o conflito a ser superado.

Toda história precisa de um desafio, algo que complique de alguma forma a vida do protagonista.

Nesse ponto pode ser qualquer coisa. Pode ser um dragão ou um desemprego. Pode ser a figura clássica de um vilão ou um furacão. Também vale lembrar que o antagonista não precisa ser necessariamente mau.

Por exemplo: em uma história que o protagonista é um mafioso, o antagonista pode ser a figura de um detetive.

Para criarmos um bom antagonista precisamos entender o que move a história. Uma trama é movida pelos obstáculos. Se tiver sempre tudo bem não é uma história muito interessante.

Então precisamos desse conflito. O antagonista tem a função de criar esses obstáculos.

O conflito ajuda a desenvolver os personagens. Ele precisa terminar a história diferente de como começou. O que move uma história é a superação desse confronto.

E esse é um ponto chave para entender a função do antagonista na história. Criando bons conflitos, teremos um bom antagonista.

Crie motivações para seus antagonistas e vilões

Mas para isso, não basta ele ser apenas uma pedra no sapato. Precisa ter uma motivação. Se for um ser. Precisa ter uma história por trás, uma motivação aceitável, se possível interessante. Não precisa justificar se não for necessário.

Tem pessoas que são más sem muito motivo, outras por causa de traumas, outras porque tem uma visão distorcida sobre alguma coisa, outras por loucura, ou simplesmente querem ver o circo pegar fogo.

Mas quanto mais plausível for esse antagonismo mais interessante pode ficar. Os super vilões cliches que querem simplesmente dominar o mundo e ponto, não tem atraído muito as pessoas.

Claro que um clichê bem usado, ou com uma releitura pode ficar interessante. Mas é mais fácil fazer bons antagonista dando a eles motivações plausíveis.

Até mesmo se for uma fenômeno da natureza como um furacão, ou uma tempestade, precisa ter um motivo dela existir naquele ponto da história, nesse caso a motivação do protagonista que vai fazer o sentido do conflito.

E só para deixar claro: o antagonista não necessariamente é o vilão da história, mesmo o vilão tendo a função de antagonista em muitos momentos.

O vilão é um arquétipo, seria um tipo de personagem. Como temos o arquétipo do sábio, do aprendiz e etc. Nem toda história precisa ter um vilão, assim como nem toda história precisa ter um mestre sábio. Cada autor vê o que seria melhor para a trama.

E sobre vilões, vale algumas dicas, já que normalmente eles assumem a função de antagonistas.

Vilões complexos são sempre interessantes

Afinal o que seria essa complexidade que tanta gente diz. Basicamente é dar a eles motivações e características de pessoas reais, atitudes que pessoas normais teriam. Humanizar o personagem.

Por pior ato que seja, precisa ter sentido na trama. Então na construção do personagem precisa estar claro porque ele toma determinadas atitudes.

Por exemplo: o coringa no filme “Batman: O Cavaleiro das Trevas”. Para mim, esse filme é uma aula, um dos melhores que já assisti. O Coringa é bem evidente que é um louco, mas a sua loucura tem uma motivação para fazer o que faz. Ele quer quebrar o Batman, tirar dele o seu sentido de justiça, sua essência.

Suas atitudes são sempre bem calculadas, mesmo não parecendo ser do tipo que planeja. Na cabeça dele é como se não fosse possível alguém que pode tomar atitudes cruéis, ou más, não tem como alguém ser justo mesmo nas piores situações.

Como se todos fossem maus, só bastaria ter o gatilho certo. O Batman o vence não o matando, mesmo depois de tudo, o herói faz o certo.

Assim o equilíbrio tem como antagonismo a loucura.

O bom antagonista se opõe ao protagonista de forma convincente

E tem muitos outros exemplos sobre vilões e antagonistas. Porém, o que quero focar neste post é que para um bom antagonista, é necessário se opor aos objetivos do protagonista de forma convincente e se possível profunda e plausível.

Quando mais camadas de entendimento tiver, mais profundo fica, e consequentemente mais complexa se torna a trama.

Quando criar a figura de antagonismo em sua história, que vale lembrar que não precisa ser apenas um obstáculo, um vilão ou só um tipo de antagonismo. Desafios diferentes podem agregar a narrativa.

Nesse sentido tome cuidado para não exagerar, com muitos antagonistas pode ficar mais difícil de desenvolver sua profundidade, assim podem ficar todos muito rasos e desinteressantes.

Exercício para criar antagonistas e vilões

Faça o exercício de tentar ver o mundo aos olhos do seu antagonista (se for uma pessoa), porque ele pensa assim, o que fez ele chegar a essas conclusões.

Não precisa explicar tudo na história, mas deixar pistas dessas conclusões vai tornar mais atraente a história, deixe as peças do quebra-cabeça visíveis, deixe elas influenciarem na direção da trama.

O antagonista tem função indispensável em uma história, cria-lo com cuidado é fundamental. Ou seja, pense com carinho na sua construção, pode fazer a história ganhar vida.

Leia também

3 Dicas para NOVOS ESCRITORES

A fórmula de sucesso Shonen: como ela pode ajudar a criar suas histórias

6 Dicas para ESCREVER uma história de FANTASIA

APRENDA A DESENHAR seus personagens de ANIMES favoritos

Método Fanart 3.0

Aprenda com um método passo a passo completo.

Aplicando o método fanart você será capaz de:

• Pegar uma folha, um lápis e desenhar qualquer personagem de anime em poucos minutos.
• Entender a estrutura usada pelos criadores dos personagens para desenhar de forma perfeita.
• Ter a habilidade de desenhar em poucas semanas, diferentes de escolas tradicionais que demoram anos.

Talvez pense que aprender a desenhar seja algo muito difícil, mas é perfeitamente possível alcançar um nível profissional e fazer desenhos incríveis seguindo um método eficiente.

Clique agora para saber mais detalhes.