O MELHOR FINAL para sua história
Dicas

O MELHOR FINAL para sua história

Neste post vamos falar sobre como construir o melhor final para sua história, pois um final ruim pode arruinar todo o trabalho anterior, tudo que já escreveu pode ser perdido com um final ruim.

Não é exagero, pois um final sem nexo, sem uma emoção adequada ou mal explicado e inconsistente pode levar sua história ao fundo do poço.

A importância de ter um bom final

É importante ter cuidado com o final, pois ele é uma parte que todo autor precisa ser cuidadoso e escolher bem qual caminho vai seguir. O final precisa ser satisfatório. Ele precisa se encaixar no tipo de história.

Nem todo final precisa concluir tudo, nem precisa ser tudo explicado. Mas até mesmo os mistérios precisam encaixar no tipo de história.

Esse é um ponto subjetivo, ou seja, não tem uma resposta definitiva. Mas vou explicar meu ponto e acredito que você vai entender e concordar.

Por exemplo:

Em uma história de ação, o herói pode ficar desaparecido após um ato heroico no conflito final. A história pode terminar sem ele aparecer, sem dizer se sobreviveu ou não.

Caso seja uma história de super-herói mais clássica, ele aparecer no final é o clichê e funciona bem. Já é um bom final. E pode funcionar.

Mas se esse herói desaparecer sem a conclusão de um drama apresentado na trama pode ficar estranho.

Não deixe seu FINAL confuso

Vamos seguir no exemplo: esse herói passa toda a trama tentando se aproximar do filho que ficou muito tempo afastado após a separação com a mãe dele. Essa relação conflituosa gera vários momentos dramáticos e acaba sendo relevante em toda a trama.

Mas chega no último ato e essa relação não se desenvolve, nem melhora nem piora. Ele desaparece e fica sem uma explicação sobre o que o filho vai fazer quanto à perda do pai, se acabou se arrependendo ou se vai viver amargurado por não perdoar o pai.

Porém não teve um desfecho em um ponto importante à trama. O herói desaparece e acabou. Isso pode ficar confuso e acabar sendo frustrante para o leitor.

Claro que se for a intenção criar esse desconforto tudo bem, mas evite complicar muito se você está começando. Pode ter uma recepção muito negativa por parte do leitor.

A tendência é ter uma evolução até uma melhora ou amadurecimento nos conflitos emocionais. Em histórias mais dramáticas o público vai aceitar melhor caso haja um declínio do conflito, uma piora na relação entre os personagens.

Tom da história

O final precisa acompanhar o tom da história. Histórias divertidas, positivas, pedem um final mais feliz.

Mas não é uma regra, porém isso vai facilitar sua vida. Entregue ao público o que ele deseja. Mas evite ser previsível. O final feliz não precisa ser tudo resolvido da melhor forma possível. O herói pode ter que abrir mão de algo que considera importante para conseguir a solução do problema.

Seja criativo, surpreenda.

Isso não é contradição.

Às vezes o leitor não sabe que quer até acontecer. Construa a história para ele desejar que o personagem consiga seus objetivos.

Quanto aos casais. Observe se o casal combina o suficiente para terminarem a história juntos. Construa momentos de aproximação do casal, momentos bons juntos. O final precisa ser construído ao longo da história, sem ser percebido.

Em histórias mais dramáticas o final negativo com tudo dando errado pode ser o que seu leitor espera. Nem sempre ele deseja que o casal fique junto. Se ele entender que os personagens não combinam, que não vão ficar bem, de repente terminar com eles separados ficaria melhor.

Em uma história de terror, é bem comum o monstro ou a assombração vencer no final e terminar de forma angustiante. É a emoção predominante na história.

Como saber qual é o melhor final para minha história?

Não é tão simples se você não sabe onde quer chegar. Por isso é comum escritores começarem a pensar suas tramas do final. Tem o início e o final e depois vão preenchendo o meio.

O melhor final para a sua história é aquele que é construído do início.

Aquele que encaixa na trama. Não necessariamente o mais surpreendente ou o mais misterioso.

Imagina uma história onde tudo dá errado, os personagens estão destruídos psicologicamente, perdidos e desunidos. Tudo de pior que poderia acontecer, acontece e mesmo assim tem um final de conto de fadas. Pode ficar esquisito não é?

Mas caso na história acontecer tudo de ruim e mesmo assim o protagonista se manter positivo, sempre otimista, um final positivo encaixa perfeitamente. Mas se nessa história esse protagonista otimista tem seus sonhos esmagados, o final terá um impacto maior.

O leitor terminará a história com um gosto de sangue na boca. Ele vai pensar na história por um tempo, vai doer o coração dele. Essa dor será equivalente ao quanto ele se importava com o personagem.

Será mais impactante e finais impactantes costumam ser bons.

Já as histórias com dramas mais pesados combinam bastante com finais com tom amargo.

Achar o melhor final para sua história é um desafio. Não há uma resposta objetiva. Cada história precisa ter o seu final. E que seja moldado a tudo que aconteceu. Ela precisa encerrar de forma satisfatória.

Finais abertos e finais fechados

Outro ponto que pode variar dependendo das intenções do autor.

O que podemos dizer como “normal” são os finais fechados, conclusivos. Principalmente se for um livro único. Se pertence a uma série e não é o último, o ideal é que termine com um final aberto em alguma das tramas abordadas.

Finais abertos são ótimos para gerar uma reflexão no leitor. Vai fazê-lo pensar no que aconteceu ou tentar entender. O mistério, se for bem construído, vai agregar o sentimento que o leitor ficará após ler o seu livro.

Só tome cuidado para não exagerar e acabar não explicando nada. Explique o suficiente para o leitor completar o resto sozinho. Ele precisa de informações para concluir. Não deixe ele sem nada. Só não precisa entregar tudo de forma clara. Mas precisa ser possível entender.

Finais abertos também são excelentes para gerar uma reflexão. Fechados também, mas com os finais abertos é mais fácil de fazer isso.

Finais clichês

O clichê funciona, só não exagerar. O casal que termina feliz, o herói que conclui sua missão e volta para casa. É clichê e é bom. Não vai gerar uma emoção profunda, provavelmente também não gerará uma grande reflexão, mas vai funcionar.

Muito provavelmente o leitor ficará satisfeito. Claro que precisa levar em consideração tudo que falei anteriormente.

O clichê não é exatamente preguiçoso, às vezes é o que a história pede. E se você estiver satisfeito com ele, não precisa ter medo de usar.

Clichês funcionam, mas use com moderação.

Caso faça um final clichê, tente não ser todo ele um clichê. Pegue um elemento ou outro do que seria considerado um clichê e mude os outros elementos. Camufle o clichê se possível.

O final precisa ser satisfatório.

Antes de publicar seu livro, peça para pessoas de sua confiança lerem e avaliarem o final. É um ponto muito importante, não escreva quando estiver cansado ou com pressa. Terminar bem é tão importante quanto começar bem.

Pense com cuidado como sua história vai terminar.

Leia da melhor forma: KINDLE

Livros que recomendo para ESTUDAR

Leia também:

6 Dicas para ESCREVER uma História de FICÇÃO-CIENTÍFICA

Guilherme Orbe

Desenhista, escritor e sonhador. Comecei a criar histórias na infância e nunca mais parei. No começo me dediquei as histórias em quadrinhos, onde desenvolvi minhas habilidades de desenho. Hoje me dedico a literatura, e transformo minhas histórias em livros. Criar histórias é meu passatempo favorito.

Um comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *