Dicas

Os 4 PILARES de uma boa HISTÓRIA

Neste post vamos falar sobre os 4 pilares de uma boa história. E se você é um escritor iniciante seja muito bem-vindo. Comece por aqui.

Domine o básico

Um dos maiores erros de um escritor iniciante é não buscar dominar o básico. Busca técnicas avançadas, mas não entende e nem domina os elementos mais fundamentais.

É por isso que estou aqui, para mostrá-lo não apenas os passos iniciais, mas falar sobre o que você precisa dominar para que qualquer uma de suas histórias tenham uma boa qualidade. Mesmo que não seja a melhor do mundo, mas ela será boa.

Com treino e estudos mais aprofundados você aperfeiçoará a técnica e irá melhorar suas histórias.

A proposta deste post é indicar e organizar o que você precisa dominar primeiro.

Além do óbvio que é dominar a escrita da LÍNGUA PORTUGUESA. Esse seria o pilar zero.

Então leia e escreva bastante para conseguir desenvolver essa habilidade.

O pilar número 1 é o enredo

Sei que parece óbvio, mas muitas vezes o óbvio precisa ser falado.

E com enredo entenda também como roteiro da história, a linha de acontecimentos, junto com toda trama que envolve a história.

Esse é o ponto principal.

Sobre o que se trata a história? Onde ela quer chegar? Do que ele quer tratar?

Uma história pode ser apenas entretenimento, mas defendo que um livro não pode ser apenas isso. A LITERATURA precisa buscar mais, precisa ter os elementos artísticos que vão elevar sua HISTÓRIA.

Literatura é arte, se você escreve histórias, você também é um artista.

Um autor precisa falar mais que apenas palavras. Precisa ter algo a mais. E isso pode ser qualquer coisa que queira, que esteja dentro de você.

Coloque suas convicções nas falas de algum personagem, na forma que a história se desenvolve. Mesmo que seja sutil, até porque uma mensagem muito clara pode deixar tudo mais sem graça.

Não precisa ser profundo, mas precisa ter o que podemos chamar de ALMA. Uma história precisa ser mais que apenas palavras, precisa ter entrelinhas para ser compreendida pelos mais atentos. É uma citação de um cartaz, o grito de um coadjuvante, a reflexão do protagonista.

Não fale com todas as letras, mas mostre o que você quer falar, conduza o leitor, envolva-o.

E não se preocupe de convencê-lo, deixe que ele tire suas próprias conclusões, não tente manipulá-lo.

Coloque contrapontos de suas próprias ideias, faça os personagens refletirem, terem dúvidas se estão no caminho certo.

A sua história precisa ter um enredo que vale a pena refletir sobre ele.

Novamente digo: não se preocupe em ser profundo. Não force uma intelectualidade.

Mas fale sobre o que é precioso para você, sobre seus ideais, sobre o que você discorda na sociedade, o que não gosta nas pessoas, o que admira. Independente do tom ser negativo ou positivo. Se será sutil ou deixará tudo muito claro.

Sobre o enredo tenho uma série no YouTube que fala sobre a criação de um livro e entro em mais detalhes. É um assunto que podemos falar por horas e sempre terá o que dizer.

Mas reforço que a sua história é um pilar indispensável.

Não escreva pelo que chamam de fanservice. Isso empobrece a história.

Mesmo que tenha fanservice, a sua história precisa ser mais que isso. Ela precisa envolver e mexer de alguma forma com o leitor.

E repito: o seu livro precisa ter mais do que apenas palavras.

O segundo pilar são os personagens

Não há HISTÓRIA sem personagens. Mesmo que sejam figuras abstratas como o vento, a partir do momento que você conta uma história sobre ele, vira um personagem.

Uma boa história precisa de conflitos e esses conflitos são enfrentados por PERSONAGENS.

Bons personagens possuem bons conflitos. E bons conflitos constroem uma boa história.

Entenda que um bom personagem faz toda a diferença em uma trama. Piratas do Caribe não seria nada sem o Capitão Jack Sparow.

Então, capriche na criação, não apenas a do protagonista da história. Os coadjuvantes podem ajudar a trama ficar mais interessante, até mesmo para ter uma interação melhor entre os personagens.

Os diálogos ficarão melhores. A reflexão será mais interessante.

Sem bons personagens, há poucas chances de sua história ficar boa.

Bons personagens têm qualidades e defeitos, mesmo que sejam heróis ou vilões. Possuem motivações, dúvidas dependendo da situação.

Eles parecem pessoas reais. Então use referências de pessoas que conhece para construir seus personagens.

Aqui no meu blog há um post que falo sobre como criar bons personagens. Estou colocando esses links para não deixar esse post muito longo.

Portanto, esses são pontos que podem ser explorados infinitamente. Aqui é um guia para começar. Não precisa se preocupar em fazer tudo perfeito e maravilhoso de início.

Vá treinando e melhorando aos poucos.

O terceiro pilar é a emoção

Uma história sem emoção é uma história facilmente esquecida. E uma história tecnicamente perfeita na estrutura não é nada sem emoção.

Portanto, você precisa fazer o leitor sentir algo. Ele precisa sentir o que o personagem está sentindo, precisa sentir raiva do vilão. E ficar angustiado, ou com medo.

A emoção irá acompanhar os personagens nos conflitos que eles irão enfrentar. São pilares que estão conectados. Um precisa do outro. Não foque em apenas um, pois os três precisam conversar e estarem funcionando juntos.

As melhores histórias provocam emoções profundas.

Mas não é o único critério para definir uma boa história. Claro que existem outros pontos mais avançados, como os que são usados nas chamadas alta literatura, nos grandes clássicos. Mas isso é assunto para um outro post.

Se você está começando, foque na emoção que irá transmitir.

Além disso, há também um post que fiz falando sobre o assunto com mais detalhes.

O quarto e último pilar é a ambientação

Uma ambientação bem feita faz toda a diferença na trama. Talvez o elemento mais marcante em Harry Potter seja a ambientação. E quem nunca sonhou em estudar em Hogwarts?

O Senhor dos Anéis possui uma ambientação tão rica que muitos livros de fantasia podem parecer meio genérico comparado a ele.

Dessa forma, o ONDE se passa a história faz toda a diferença no contexto geral da trama.

Não é apenas em histórias de fantasia, de romance, de terror, de aventura e etc. A boa ambientação irá agregar a trama.

Dependendo de qual país se passa a história, muita coisa pode ser encarada de forma diferente. Um japonês pode encarar um namoro diferente de um brasileiro ou um italiano, pois a cultura local dos personagens influenciam em suas ações, seus costumes, até mesmo sua visão de mundo.

Portanto, uma história que se passa no Brasil pode ter diferentes contextos apenas mudando o Estado. No Rio de Janeiro há gírias e costumes muito diferentes de Curitiba.

Dessa forma, alguém que cresceu em uma favela tem um contexto social diferente de alguém que cresceu em um bairro no interior, numa fazenda.

Não se limite ao rico ou ao pobre.

Pequenas mudanças fazem muita diferença na história. Aumentam as chances de identificação, podem até dar um charme..

Mas é claro que você precisa conhecer bem o contexto social que irá ambientar sua história. Estude sobre o lugar, caso não seja uma realidade que você conhece bem.

A ambientação pode ajudar a transmitir sua mensagem.

O ano que se passa a trama faz toda a diferença no comportamento dos personagens. Ele influencia a forma de falar, até mesmo de pensar.

Portanto, pense com cuidado sobre onde irá se passar. Não precisa focar muito nos detalhes. Mas é um elemento que irá deixar a sua história com muito mais identidade.

Fuja do que é genérico.

Também tenho um post sobre ambientação, caso queira se aprofundar mais.

Concluindo

Esses são os quatro PILARES de uma boa HISTÓRIA, pelo menos na minha opinião.

Tentei simplificar ao máximo. Como disse, é uma abordagem básica de temas muito profundos.

Portanto, reflita sobre o assunto e comente o que achou.

Estou aqui para ajudar, mas é sempre bom dizer que estou na mesma jornada que vocês.

Vamos juntos nesse caminho.

Então, até a próxima.

Leia da melhor forma: KINDLE

Livros que recomendo para ESTUDAR

Leia também:

Como criar uma rotina para escrever

Guilherme Orbe

Desenhista, escritor e sonhador. Comecei a criar histórias na infância e nunca mais parei. No começo me dediquei as histórias em quadrinhos, onde desenvolvi minhas habilidades de desenho. Hoje me dedico a literatura, e transformo minhas histórias em livros. Criar histórias é meu passatempo favorito.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *