Ronin Thunder
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Ronin Thunder | Capítulo 11: Imprevisto

— Prendam esse maldito! Quanta demora! — gritou o governador.

Estava mais exaltado que o normal. Seu rosto estava rubro de fúria. Em sua sala os agentes o acompanhavam.

— Quero ele preso imediatamente — ele continuou a dizer. — Como pode? O que vocês ficaram fazendo enquanto ele fazia o que queria na minha cidade? Vocês desapareceram por dias. São uns irresponsáveis!

O agente Lobo o olhou sério e disse:

— Não se intrometa no meu trabalho. Ele agora é um criminoso perante as leis mundiais, não é mais da sua conta. Agora, nós agentes estamos acima de você em autoridade. Mantenha-se no seu lugar de lixo insignificante.

— Eu estou cansado de você! Não pode falar assim com um governador. Seus superiores ouvirão as minhas críticas e você cairá de seu posto. Fica me olhando sério porque sabe que não pode encostar um único dedo em mim. Acha que eu não sei até onde vai sua autoridade, agente Lobo.

Cronos interveio segurando a mão do agente antes dele fazer o que pretendia. Estava um passo à frente e sabia que não terminaria bem.

— Vamos nos acalmar — ele começou a dizer. — Estamos todos nervosos, eu entendo. O que aconteceu não é nada bom. Mas temos três insurgentes com poderes de fragmentos para capturar.

— Três? — quis sabe o governador.

— Me solte, garoto do tempo, Não era apenas ele e o tal samurai misterioso? — o agente Lobo parecia mais calmo e livrou-se da mão de Cronos. Esses radares não servem para nada.

— Quando tem muitos fragmentos por perto ele não consegue captar com clareza, uma lástima. O terceiro eu sei quem é, e está vasculhando coisas bem inapropriadas. Pode deixar que eu cuido, não será um problema.

Cronos saiu da sala sem se importar com o que aconteceria deixando Lobo sozinho com o governador. Sua subordinada, agente Gaia, era responsável pela proteção de Vério e não seria tão fácil o ferir. Mantinha um sorriso debochado e uma postura confiante. Olhou para os agentes Naja e Panda que esperavam seu líder do lado de fora da sala.

— Não precisa perguntar — Cronos começou a dizer. — Sim, estou tramando algo, senhorita.

— Vindo de você não deve ser nada bom — agente Naja disse com expressão de tédio.

— Tome cuidado — disse o agente Panda com gentileza.

— Obrigado, senhor. Sempre simpático, mas infelizmente está na equipe errada. Em breve vamos conversar.

Cronos deixou o lugar cantarolando como se desse uma trilha sonora para seu plano.

***

Ao início da tarde, a cidade seguia ser ritmo normal. Os murmúrios sobre os acontecimentos do dia anterior esfriaram, Mas não foram esquecidos. O policiamento estava mais rígido e soldados tomavam as ruas impedindo qualquer manifestação.

— Aí está você — agente Cronos dizia com um sorriso cínico no rosto.

— O que quer desta vez? — Dannie perguntou continuando a andar.

Ela tentou despistar o agente, mas era seguida com insistência. Estavam em um lugar deserto, uma ruela apertada e malcheirosa.

— Conseguiu encontrar mais alguma coisa?

— Não tem mais nada para descobrir e você sabe disso — ela respondeu virando o corpo para seguir em uma direção contrária.

— Opa, não faça isso, pelo menos não aconselho.

Dannie ao virar, deparou-se com a agente Gaia que a cercava. Seus dois caminhos possíveis estavam bloqueados.

— O que querem? Não descobri nada demais, apenas coisas que todos já estão cansados de saber, apenas lendas fantasiosas.

— Pobre menina — o agente se aproximou com sua postura altiva. — Eu entendo seu desejo de descobrir a verdade, mas digamos que, você ultrapassou os limites, sem contar que tem algo muito precioso dentro de você.

Dannie assumiu uma postura defensiva e se preparou para o pior.

— Não precisa resistir. Eu sei o que vai fazer e sei que não vai dar certo. Posso ver o futuro, sabe. E se você fizer o que está pensando não vai terminar bem para você, vai terminar bastante machucada e acho que não quer isso não é.

— Então você está me oferecendo uma alternativa?

— Se você tiver alguma informação interessante a gente pode fazer um acordo.

— Eu prefiro a morte do que fazer um acordo com agentes.

— Suas palavras são tão doces. Uma pena que não vai colaborar, mas eu já esperava.

Dannie manifestou seus poderes e tudo a sua volta ficou mais pesado. A gravidade ficou mais densa e se expandiu em forma de domo. A agente Gaia foi afetada por seu poder e teve dificuldade para se manter de pé. Na rua, as latas de lixo e objetos jogados no chão começaram a se retorcer com o peso da gravidade aumentada. Cronos continuou em pé sem dificuldade. Retirou do bolso sua arma e disparou na direção de Dannie. A trajetória do projétil ficou mais lenta ao se aproximar de Dannie que havia mudado a densidade da gravidade a sua volta para o estado de quase sem gravidade, os movimentos dos agentes ficaram mais lentos junto com o projétil ao sofrer os efeitos da baixa gravidade. Dannie desviou do disparo em sua direção e saltou aproveitando que seu corpo estava mais leve. Quicou nas paredes da ruela e quase conseguiu escapar, Gaia segurou sua perna usando seus poderes de criação de galhos de árvore, que se entrelaçaram na perna dela e a jogaram no chão. A queda não teve impacto e Cronos aproveitou para acertar um soco no rosto de Dannie. O golpe a fez ficar desorientada e Gaia a segurou com cipós, a prendendo com firmeza.

— Eu disse para não fazer. Agora eu vou precisar eliminar você.

O agente Cronos encostou sua arma estilizada com detalhes dourados na testa de Dannie que se debatia tentando se soltar das amarras. Um estrondo se fez e a luz se espalhou. A agente Gaia foi arremessada para longe com a força do impacto e Cronos foi obrigado a recuar para se manter de pé. Dannie sentiu os cipós afrouxando e aproveitou para livrar-se. Cronos sorriu sabendo do que se tratava.

— Você chegou mais rápido do que eu previa.

— Aposto que está prevendo que eu vou quebrar a sua cara.

Isaac disse concentrando seus raios nas mãos pronto para atacar. A luz amarelada estava intensa, refletindo a determinação do jovem.

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Sinopse

Lenna, uma renomada caçadora de titãs, com sua companhia, é enviada para investigar uma cidade em ruínas que dizem ter sido devastada por um ataque de titã. Após uma batalha noturna, sua vida corre perigo e precisa contar com a ajuda de um jovem misterioso para sobreviver.

A Era dos Titãs

Guilherme Orbe

Desenhista, escritor e sonhador. Comecei a criar histórias na infância e nunca mais parei. No começo me dediquei as histórias em quadrinhos, onde desenvolvi minhas habilidades de desenho. Hoje me dedico a literatura, e transformo minhas histórias em livros. Criar histórias é meu passatempo favorito.

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